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Just in Time: saiba o que é, como funciona e como implementar

Criado pela Toyota, o sistema Just in Time busca aumentar eficiência, cortar custos e diminuir desperdício com a filosofia de que nada deve ser produzido, vendido ou transportado antes da hora – evitando assim, gastos desnecessários. O sistema é adotado por empresas de vários tamanhos.
Tempo de leitura:7 min
16 de setembro de 2024
Post it azul escrito Just in Time
Post it azul escrito Just in Time

Independente do setor, empresas de todos os tamanhos estão sempre em busca de eficiência. Adotar sistemas de gestão é uma boa forma de fazer isso – e um dos mais populares é o Just in Time

Criado no Japão no século XX, o método já ajudou companhias do mundo todo a se tornarem mais produtivas e também reduzirem custos, ao propor uma filosofia de que tudo tem seu tempo para ser feito. 

Neste texto, vamos explicar o que é Just in Time, como essa técnica surgiu e o seu funcionamento nos detalhes. 

Também vamos passar pelas principais vantagens e desvantagens desse método de gestão, dar exemplos de empresas nas quais ela é utilizada e, por fim, dicas para implementar no seu negócio.

Tudo certo? Então, vamos lá!

O que é Just in Time?

Just in Time é uma técnica de gestão de produção, criada pela montadora japonesa Toyota. 

É um tipo de metodologia que busca aumentar a eficiência, cortar custos e diminuir desperdícios

É um sistema que parte de uma filosofia simples: nada deve ser produzido, comprado, vendido ou transportado antes da hora – por isso, seu nome “Just in Time”, que significa “bem a tempo” em português. 

É muito comum que as empresas produzam e tenham estoque parado, o que pode significar que muitas mercadorias são feitas antes mesmo que os pedidos sejam realizados.

Nem sempre isso é um caminho eficiente, o custo com estoque, armazenamento e até mesmo a matéria-prima pode aumentar.

O método surge exatamente para criar estratégias de armazenamento, controle e produção de pedidos suficientes, atendendo a demanda real por produtos. 

Mas, para isso dar certo, é preciso colocar novas tecnologias e abordagens em práticas, além de padronizar processos e integrar diferentes áreas e setores das empresas.

Quando surgiu o Just in Time?

Criado pela Toyota no Japão durante os anos 1960 e 1970, o Just in Time nasceu como uma resposta aos recursos limitados que o Japão possuía no período após a Segunda Guerra Mundial. 

Era uma realidade em que desperdícios não podiam ser admitidos e em que a indústria automobilística estava crescendo rapidamente. 

Ao implementar o Just in Time, a Toyota conseguiu não só otimizar a produção e reduzir custos, como também se tornar uma fabricante de veículos competitiva a nível global.

O sucesso da empresa levou o interesse de companhias americanas a compreender a técnica e, ao longo dos anos 1970 e 1980, diversos artigos e livros foram publicados sobre o tema no Ocidente. 

Esses livros, por sua vez, influenciaram inúmeras empresas a adotar a metodologia Just in Time, gerando bons resultados em diversos países.

Qual o principal objetivo do Just in Time?

O principal objetivo do Just in Time é alinhar a produção ao número de pedidos feitos, buscando não fabricar produtos excedentes para atender pedidos em potencial.

Nesse sentido, o Just in Time ajuda as empresas também a realizar diferentes tarefas. 

Entre elas:

  • Reduzir desperdício de matéria-prima;
  • Reduzir os gastos de produção e com funcionários; 
  • Reduzir gastos com estoque e logística; 
  • Criar processos efetivos e com erros minimizados; 
  • Otimizar a produção; 
  • Padronizar processos e tarefas; 
  • Comunicação ágil interna.

Sistema Just in Time: como funciona?

Antes de avançar, vale dizer que o Just in Time é uma metodologia que funciona melhor para algumas empresas do que para outras. 

No entanto, sua filosofia pode ser útil para qualquer companhia

A aplicação dela depende de uma série de passos, baseados em disciplina e fidelidade aos planos iniciais. 

É desses passos que vamos falar agora.

1. Previsibilidade de tempo

No Just in Time, o processo produtivo é dividido em etapas – e é preciso que cada área realize suas tarefas para que a próxima possa avançar. 

Por isso, é importante ter uma boa noção do tempo de preparo de cada área, além de compreender as oportunidades de melhoria. 

Assim, tudo é produzido rapidamente, mas sem pressão para as entregas. 

Vale a pena prestar atenção de que não se trata de entregar tudo rápido, mas sim de que a entrega seja feita no tempo correto, com a qualidade esperada, seja em temporadas de alta ou baixa demanda.

2. Mão de obra

Para que cada tarefa seja realizada da melhor maneira possível, é preciso que o time esteja bem qualificado e capacitado para lidar com uma operação sob demanda

Não é à toa que esse sistema nasceu em uma indústria cheia de especificidades, com a das montadoras automobilísticas. 

Por isso, é importante que o time possua habilidades para as tarefas que precisam ser desempenhadas.

Treinamentos e novas contratações podem ser necessárias.

3. Layout

A sequência de processos utilizados pela empresa e os espaços que cada tarefa deve utilizar também são importantes na hora de adaptar uma operação para o sistema Just in Time. 

Afinal, não adianta reduzir o desperdício no uso de matéria-prima se o desperdício existir no uso do espaço e, eventualmente, até no deslocamento interno dentro da empresa. 

Por isso, seja você uma fábrica ou um e-commerce, é importante pensar no layout dos espaços da empresa, da chegada dos insumos até a venda das mercadorias.

4. Qualidade

Outro pilar fundamental de um processo Just in Time é o controle de qualidade, um setor responsável por vigiar que a produção esteja funcionando de maneira eficiente.

Para isso, pode ser interessante definir uma rotina para avaliar a qualidade dos processos

É uma tarefa que pode ser feita por pessoas que já estão na empresa em posição de liderança ou por um novo time focado nisso.

O objetivo aqui é que a qualidade se mantenha a mesma ou melhor, enquanto as operações se tornam mais simples ao longo do tempo.

5. Fornecedores

Por fim, mas não menos importante, ajustar os processos necessários para o Just in Time se baseia também em trabalhar ao lado de fornecedores e parceiros para cumprir a demanda. 

Afinal, uma boa operação depende que os parceiros sejam capazes de atender as necessidades com rapidez, seja no envio de matéria-prima ou no escoamento de produtos. 

Para isso, é importante construir relacionamentos próximos com fornecedores, buscando mostrar a metodologia e entender as suas demandas. 

Caso contrário, você corre o risco de ter a produção afetada e até mesmo paralisada, perdendo a produtividade esperada.

Just in Time: exemplos de empresas

O Just in Time está presente no mundo todo e é aplicado por diferentes empresas. A montadora japonesa Toyota, porém, é tão representativa do método que é quase o seu sinônimo. 

Outro exemplo de sucesso é a Dell, que só fabrica seus computadores após o pedido ser feito.

Com isso, a empresa consegue fazer aparelhos com especificações pré-definidas, atendendo as necessidades dos clientes. 

Além das duas empresas, no Brasil há uma série de casos bem-sucedidos de aplicação de Just in Time. 

Entre eles, estão empresas como Petrobras, Grupo Votorantim, Avon, Unilever, Embraer, Fiat, GM e Nestlé.

Vantagens do Just in Time

Existem diversas vantagens para utilizar o Just in Time. 

Entre elas, podemos citar:

  • Gestão de estoque de produtos; 
  • Otimização de estoque de matéria-prima; 
  • Produção limitada, com tempo de conclusão reduzido; 
  • Redução de desperdícios; 
  • Redução do custo de manutenção e armazenamento; 
  • Aperfeiçoamento da mão de obra; 
  • Padronização dos processos;
  • Melhoria na gestão de qualidade; 
  • Redução de falhas.

Desvantagens do Just in Time

A principal desvantagem do Just in Time é que a técnica pode não ser recomendada para empresas que têm baixa previsibilidade na demanda – ou seja, em setores que oscilam bastante. 

É o que pode acontecer com diferentes tipos de e-commerce, por exemplo, uma vez que essas organizações precisam ter estoque. 

Outro ponto negativo é que ele funciona quando a empresa trabalha com poucos fornecedores e que há estabilidade no fluxo de matéria-prima, o que nem sempre pode acontecer.

Aprendido sobre Just in Time?

Esperamos que, ao final deste texto, você tenha entendido bem o que é o Just in Time.

Também torcemos para que você tenha começado a pensar em como aplicar alguns conceitos desse método no seu dia a dia. 

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Perguntas frequentes sobre Just in time

O que é Just in Time?

Just in Time é uma técnica de gestão de produção, que busca aumentar a eficiência, cortar custos e diminuir desperdícios. É um sistema que parte de uma filosofia simples: nada deve ser produzido, comprado, vendido ou transportado antes da hora. 

Como aplicar o sistema Just in Time?

Para aplicar o Just in Time, é preciso ter uma boa noção dos processos e dos recursos necessários para a produção; com essa visão é possível entender como as etapas devem se suceder na sua empresa, fazendo uma padronização dos processos e da gestão de qualidade.

Qual é o objetivo principal do Just in Time?

O principal objetivo do Just in Time é alinhar a produção ao número de pedidos feitos, buscando não fabricar produtos excedentes para atender pedidos em potencial, aumentando a eficiência e reduzindo o desperdício.

Loggi
A equipe de redação do blog Loggi é um time dinâmico que explora os meandros da logística, e-commerce e gestão. Com habilidades diversas, cada escritor contribui para contar histórias envolventes sobre transporte, inovação e estratégias empresariais. Juntos, compartilhamos a visão da Loggi de transformar a experiência logística no Brasil.
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